O
Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) negou hoje (30/8), por
maioria de votos, o registro de candidatura de Edson Figueiredo Magalhães (PPS),
candidato ao cargo de prefeito de Guarapari. Foram três votos a dois. O
recurso, interposto pelo candidato, começou a ser votado no último dia 20, mas
o desembargador Annibal de Rezende Lima pediu vista e o processo só retornou
hoje à pauta de votação.
Edson Magalhães |
De acordo com os autos, Magalhães foi multado no valor de R$ 5.000,00 por propaganda eleitoral antecipada, mas, até o dia em que registrou sua candidatura, não havia quitado a dívida, que foi paga com atraso.
Multa em atraso
Quanto
essa questão, o desembargador Annibal e o juiz Marcelo Abelha, esclareceram que
o candidato apresentou sim certidão de quitação eleitoral. Marcelo Abelha
explicou que o cartório eleitoral de Guarapari emitiu a certidão de quitação
para o candidato, 15 dias antes do prazo final para o registro de candidatura: “Agora ele não pode ser punido porque
recebeu uma informação errada da Justiça. Não há como reconhecer o débito. Portanto,
afasto a ausência de quitação eleitoral”, concluiu Abelha.
Terceiro Mandato
Com
relação à disputa de um terceiro mandato, a relatora, entendeu que realmente
Edson Magalhães estaria tentando sua segunda reeleição, o que é vetado pela
Constituição Federal.
Os fatos tiveram início em agosto de 2006. Edson Magalhães era vice-prefeito do município e ficou à frente da Prefeitura de Guarapari de 12 de setembro de 2006 a 5 de junho de 2008. O prefeito Antonico Gotardo havia sido afastado do cargo por decisão judicial. Mas Magalhães não ficou até o final desse mandato. Em junho de 2008, Antonico retornou ao cargo, também por decisão judicial.
Juíza Rachel Durão Correia Lima votou contra |
Hoje,
tanto o desembargador Annibal de Rezende Lima como o juiz Marcelo Abelha
apresentaram um entendimento divergente da relatora. Para ambos, Magalhães não
está disputando um terceiro mandato e sim uma reeleição. Para Annibal,
Magalhães substituiu Antonico, portanto, não exerceu um primeiro mandato: “Agora ele não pleiteia um 3º mandato, mas
disputa a reeleição”. O desembargador e o juiz então votaram pelo
deferimento do registro do candidato a prefeito de Guarapari.
desembargador Annibal de Rezende votou a favor |
O golpe esperado pela oposição
Edson
vai recorrer em Brasília no TSE e mais do que isso, partidários dizem que ele vai
recorrer até as últimas instâncias. Se perder no TSE, acham que ele recorre ao STF. Sendo assim, entramos em uma situação
complicada. Como a justiça é lenta, Edson deve “se dizer” candidato,
possivelmente até a véspera do dia da votação.
A oposição sempre afirmou que Edson tem a estratégia (golpe) de substituir seu nome pelo de outro integrante da coligação, na tentativa de eleger o seu sucessor, sem que a própria população saiba.
A oposição sempre afirmou que Edson tem a estratégia (golpe) de substituir seu nome pelo de outro integrante da coligação, na tentativa de eleger o seu sucessor, sem que a própria população saiba.
Segundo
eles, a idéia é manter a foto do "prefeito candidato" na urna eletrônica, o que
induz o eleitor a votar em Edson, mas na verdade estaria votando em outra
pessoa.
Este
recurso, segundo eles, foi usado em 2008 quando o candidato a vice-prefeito na
chapa, o empresário Orly Gomes teve o seu registro negado pela justiça
eleitoral e o seu nome foi mantido até antevéspera da votação, sendo
colocado em seu lugar, Edvaldo Gomes, irmão do empresário.
De
acordo com este entendimento, desde 2008 Magalhães já sabia que não poderia ser
candidato a reeleição em 2012, pois ao defender-se de ação de impugnação movida
contra ele naquele pleito, declarou que estava indo a reeleição em 2008.
Quem seria o indicado de Edson ?
Sendo assim, a pergunta é: quem seria o indicado? Uns
falam que Edson indicaria o seu vice, Orly Gomes (DEM), como candidato a
prefeito e escolheria outro vice. Mas as
informações se contradizem e o nome de Gabriel do Banestes (DEM), também não
estaria descartado.
Orly Gomes |
Gabriel |
Com
a insatisfação de Orly, uma reunião teve que se feita às pressas em Vitória
para apaziguar os ânimos. Apesar de alguns partidários insistiram queEdson
indique logo alguém, ele reluta para tomar essa decisão e não estaria aceitando
os nomes apresentados, pois vários outros nomes do mundo empresarial estão
aparecendo doidos para serem indicados pelo prefeito. Agora, vamos ver como será o andamento das campanhas na cidade. A oposição certamente vai se aproveitar desta situação, Edson vai se defender. Vamos agora aguardar e ver se a justiça será rápida ou não. Se o golpe vai acontecer, e quem finalmente será eleito prefeito de Guarapari. Com a palavra, a justiça.
- Com informações do TRE e da agencia congresso
- Com informações do TRE e da agencia congresso
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