De
acordo com reportagem do Jornal A Gazeta, a empresa Roma Construtora, que ganha
9 entre 10 licitações para várias obras em Guarapari, é uma das empresas que
estão envolvidas no escândalo de corrupção em Presidente Kennedy.
A corrupção na cidade já prendeu quase 30 pessoas e tem um
rombo de R$ 55 milhões.
Construtora realiza vários serviços em Guarapari |
Entenda a Operação Lee Oswald
Quadrilha
Atuação
A
quadrilha criminosa desvendada na quinta-feira pela Operação Lee Oswald atuava
em pregões presenciais. A Federal verificou 21 contratos firmados em 2011, que
somam R$ 55 milhões em
Presidente Kennedy.
Rombo
Ao
menos R$ 9,5 milhões foram desviados, por meio de contratos com sobrepreço, na
cidade.
Cadeia
Na
operação foram presas 28 pessoas. Dentre elas, o prefeito Reginaldo Quinta
(PTB), apontado como chefe da quadrilha que atuava em fraudes em licitações,
superfaturamento e desvio de verbas.
Rainha
Acumulando
três pastas no município e herdeira política do tio, Geovana Quinta Costalonga
era conhecida na cidade como “Abelha Rainha”. Ela foi presa. Todas as
contratações que envolvem aquisição de bens e serviços, com empresas locais e
regionais, passavam pelo crivo de Geovana.
Coordenação
Estaria
na coordenação do grupo o procurador-geral da cidade, Constâncio Borges Brandão
(preso).
Secretários
Os
outros secretários envolvidos com o esquema são: Juliana Bahiense Fontão Cruz,
Flávio Jordâo da Silva, Márcio Roberto Alves da Silva, Alexandre Pinheiro
Bastos e Fabricio da Silva Martins (major da PM). O pregoeiro Jovane Cabral da
Costa também teria participação. Todos estão presos.
Operação
Estavam
ainda na operação do esquema o soldado da Polícia Militar Wallas Bueno da Silva
– na cadeia -, funcionários públicos e empresários.
Afastados
De
acordo com a denúncia, os vereadores que compunham a Mesa Diretora – Dorlei
Fontão da Cruz, Manoel de Abreu José Fernandes e Clarindo de Oliveira Fernandes
– e a presidente da Comissão de Finanças, Vera Lúcia de Almeida Terra, foram
omissos diante das irregularidades cometidas no Executivo e tiveram atuação em
manobras ilícitas.
Apadrinhados
Dentre
as atividades fraudulentas dos parlamentares, segundo ao autos, está a
distribuição de cargos públicos e privados para apadrinhados, omissão em
fraudes licitatórias e blindagem do prefeito no Legislativo.
Pregão
Dentre
o grupo, era escolhida a empresa vencedora do processo licitatório. Na
preparação do edital, então, havia direcionamento para alguma empresa.
Coação
Os
empresários que porventura não participavam do esquema chegavam a ser coagidos
por forças policiais.
Corrupção
A
Federal constatou superfaturamento, tráfico de influência e corrupção.
Ramificações
O
mesmo esquema se repetiria em pelo menos outras 14 cidades do Espírito Santo:
Cariacica, Vila Velha, Serra, Viana, Guarapari, Aracruz, Fundão, Linhares,
Sooretama, Anchieta, Apiacá, Montanha, Mantenópolis e Santa Leopoldina.
Empresas
Emec
Obras
Empresa
de construção civil gerenciada por Fábio Saad Junger, que está preso e seria o
responsável pelas tratativas com o poder público. Concorreu em um pregão
público para reparos de engenharia e paisagismo em praças parques e jardins, no
valor de R$ 4,5 milhões, mas foi beneficiada com sucessivos aditivos.
Construtora Roma
A
empresa faria parte do conluio de grandes empreiteiras coordenadas por Miguel
Jorge Freire Neto (preso). O empresário seria o “organizador da fila” das
interessadas em grandes obras públicas do Estado.
Pelicano Construções
De
acordo com os autos, a empresa faz parte de um grupo ligado ao empresário
Miguel Jorge, que teria trânsito no meio empresarial para intermediar negociatas.
Metavix Serviços
Conforme
consta na denúncia, a empresa inicialmente atuava no segmento de carteiras
escolares. Tem como sócios Dennys Gualandi e Paulo César Oliveira, presos na
Operação Moeda de Troca, em 2010, em Santa Leopoldina. Mas ,
para concorrer a uma licitação para coleta de lixo em Presidente Kennedy ,
no valor de R$ 11 milhões, a Metavix alterou sua documentação para coletar resíduos, varrer ruas e fazer a
lavagem de ruas e órgãos públicos. A empresa teria sido apadrinhada pela
deputada estadual Aparecida Denadai (PDT).
Matrix Tecnologia
Aberta
em 1998 para atuar com calçados e vestuário, foi transferida, 11 anos depois,
para o empresário Jurandy Nogueira Júnior (preso). Junto com Rômulo Pegoretti
Nogueira, seu filho, o novo dono transformou-a em uma firma de programas de
computador para a área da Educação. Em 2010, obteve um contrato de R$ 1,1
milhão com Presidente Kennedy. O MPES identificou que a Matrix não possuía
capacidade técnica para desenvolver o serviço.
Master Petro e Pulizie Itália
As
duas empresas têm como sócio o empresário Cláudio Ribeiro Barros (preso). Ele
aparece como dono da Master Petro e faz parte da sociedade oculta da segunda
empresa, que por sua vez, está em nome de Alessandra Salomão e Sabrina Tesch –
que são funcionárias da Master Petro e foram soltas na quinta-feira. A acusação
é de que Cláudio transfere dinheiro de uma firma à outra e põe as duas como
concorrentes em licitações.
Mais presos
Também
estão presos os empresários Eli Ângelo Jordão Gomes, José Carlos Jordão Gomes,
José Roberto da Rocha Monteiro, Samuel da Silva Moraes Junior, Paulo César
Santana Andrade, Carlos Fernando Zaché, Rodrigo da Silva Zaché e Joel Almeida
Filho; e as integrantes da Comissão de Licitação Maria Andressa Fonseca Silva,
Silvia França de Almeida e Charlene Carvalho Sechin.
Fonte: A Gazeta
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