Em uma disputa apertada, Orly
Gomes (DEM) venceu as eleições de
Guarapari. O candidato do ex-prefeito Edson Magalhães, teve 24.706 votos (43%),
contra 23.019 (40,6%) de Carlos Von (PSL). Uma diferença de apenas 1.690
votos. Coisa que há muito não se via na cidade.
Há de se alertar também para o
alto índice de abstenções. Foram 20.717 pessoas que deixaram de votar (25,17%).
Este número já era esperado (eleição em pleno verão), mas mesmo assim, assusta
com a falta de interesse destas pessoas em escolher o novo chefe do executivo.
Orly Gomes (DEM)
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Edson e Orly |
Como era esperado, (por pesquisas internas) a disputa se polarizou entre Von e Orly. Desses dois é que
ia sair o novo prefeito. E deu Orly, Com o apoio de Edson, que mesmo preso, catapultou
Orly nas ruas.
Apesar de não ter tido um bom
desempenho no debate (onde cometeu gafes ao falar do Santo Antonio e da TV
Guarapari), a campanha de Orly foi bem feita na TV (onde conseguiram fazer um
candidato inexperiente no discurso, se tornar um bom apresentador).
Além disso, a campanha dele foi
extremamente forte nas ruas, principalmente nos últimos dias. A equipe de Orly era
praticamente a de Edson, com secretários e comissionados. Todos na batalha para
a eleição de Orly. Isso foi primordial, pois na cola de Orly, havia um Carlos Von.
E todos sabiam que ia ser uma eleição “cabeça a cabeça”. Agora eleito, Orly tem que provar que não é
só um homem de Edson, de Theodorico e da Construção Civil.
Ele tem
que provar que é um prefeito de fato. Pelo que eu conheço dele. Não é de se “deixar
levar”. Vamos aguardar. Outro fato. Terá que fazer uma administração melhor (Muito
melhor) do que a de Edson.
Carlos Von (PSL)
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Carlos Von |
Carlos Von, saiu do terceiro
Lugar na primeira eleição e com seu discurso de não atacar Edson e até de
reconhecer o que estava sendo bem feito, prometendo continuar as obras,
caiu no gosto da população.
Ao
ver um jovem entrando no meio de uma disputa cheia de animosidades, que seria
polarizada entre Edson Magalhães e Ricardo Conde (PSB), a população percebeu que existia algo “novo” na política da cidade.
Esse novo transformou Von em um
nome forte, que cresceu muito e tirou importantes apoios de Conde. Ao ficar bem no xadrez eleitoral,
assim como Orly, se tornou alvo de bombardeios (fofocas, boatos), nas redes
sociais e as ruas. Mesmo assim, ficou em segundo lugar, perdendo a eleição por
um percentual de apenas 3%.
Nasce uma nova liderança, que para muitos já sai
com 20 mil votos para deputado Estadual em 2014. Além disso, será sempre o
parâmetro na administração de Orly. Pois de acordo com o andar da administração do prefeito
Orly, 2016 é logo ali para Carlos Von.
Ricardo Conde (PSB)
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Ricardo Conde |
Com uma campanha errada (de
críticas a Edson) na primeira eleição, viu a sua rejeição crescer vertiginosamente.
Alcançando índices impossíveis para quem quer ser candidato a prefeito.
Na segunda eleição mudou o tom do
discurso (elogiou Edson e abriu sorrisos), trocou o vice por uma jovem atleta (Fernanda),
em busca dos jovens e das mulheres, adotou um boné para ficar mais jovem e
leve aos eleitores e foi para a disputa.
Aliás, o seu nome na disputa já
foi uma guerra. Com a sua rejeição nas alturas, o partido pensou em substituí-lo.
O vereador Gedson Merízio (PSB) foi
cotado para ser o candidato. Posteriormente, houve um acordo onde o PSB iria
apoiar Von (viria de vice). Depois de tudo acertado, Conde mudou de ideia e
disse que era candidato sim. Veio, mas sem o staff total do governo.
Tanto é que Casagrande não pediu
votos e Conde teve que usar uma gravação antiga de Casagrande. Gravação de
2010, quando Conde foi candidato a deputado federal e Casagrande era candidato
a Governador.
Chegou ainda a usar fotos do governador (no Facebook) , quando este veio inaugurar obras (Escola Normal),em 2011, como se ele estivesse andando pela cidade pedindo votos para ele. Ficou feio.
A gravação exibida no programa eleitoral, foi a última jogada, mas que
aparentemente não surtiu efeito. Com 7.592 votos, Conde tem que repensar a sua
carreira. Ao Jornal A Tribuna, teria dado a entender que estaria se afastando
da vida pública e que o seu grupo político vai escolher outra liderança para
futuras disputas. Será? Vamos aguardar. Inteligente, bem sucedido, hora de
Conde avaliar as possibilidades. É um formador de opinião importante para a cidade.
Edinho Maioli (PV)
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Edinho Maioli |
Este não esconde de ninguém que seu sonho é ser deputado estadual. Disputou
pela primeira vez em 2010, obtendo uma boa votação. O seu partido PV, estava
com Ricardo Conde na primeira eleição.
Mas de acordo com quem estava na coligação
da campanha do PSB, Edinho mão moveu “uma palha” para pedir votos a Ricardo.
Posteriormente, viu que tinha uma
“vitrine” nesta eleição e resolveu disputar. Foi bem no debate, com um discurso
coeso e firme. Mas isso não o ajudou na votação. Saiu com apenas 2.137 votos. Para
quem quer ser deputado, é muito pouco. Para vereador, quem sabe.
Como fica direto na assembleia, pois é
assessor do deputado Gildevan (foi assessor de Rodrigo Chamoun durante muitos
anos), está distante do eleitorado. Além disso, seu pai, Benigno Maioli (PSDB),
perdeu a eleição.
O trabalho social da família (Clube
de Doadores de Sangue), que trazia muitos votos foi desativado com a derrota do seu pai. E agora? Qual o caminho de Edinho? Vamos aguardar, mas se ele quer
ser deputado,vai precisar de muito mais votos.
Também pode esperar vários adversários.
E assim como Orly, que pode ter um Von na sua cola em 2016, Edinho pode contar em
enfrentar Von agora em 2014. Disputa
dura, vamos ver como Edinho vai se mexer, depois dessa eleição e sem o apoio do
pai.
Beth Hadad (PHS)
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Beth Hadad |
Na primeira eleição ela apoiou
Edson. Agora, foi à única mulher no pleito. Foi muito bem nos debates, com o
seu discurso bem articulado. Mas foi bombardeada logo no começo do pleito, sendo
impugnada. Luta até hoje para mostrar que está limpa. Isso para ela é primordial.
Assim como Edson, teve os votos considerados nulos.
No dia da eleição perdeu o irmão
Michel Hadad. Depois de passar por tudo isso, vamos ver qual o caminho político
dela. Uma mulher que não pode ser desprezada na política de nossa cidade. Tem perfil
para ser secretária, deputada ou vereadora. Vamos aguardar o seu posicionamento
e desejar conforto a toda família.
Abaixo, o resultado oficial das eleições suplementares de Guarapari:
ORLY GOMES DA SILVA – 24.709
VOTOS – 43%
CARLOS VON SCHILGEN – 23.019
VOTOS – 40,06%
RICARDO ROSETTI CONDE – 7.592
VOTOS – 13,21%
WEDERSON BRAMBATI MAIOLI – 2.137
VOTOS – 3,72%
A CANDIDATA ELIZABETH YAZEJI
HADAD TEVE O SEU REGISTRO DE CANDIDATURA INDEFERIDO PELA JUSTIÇA ELEITORAL.
Votos nominais: 57.457 (93,29%) Seções agregadas:
12
Votos em branco: 1.857
(3,02%)
Seções totalizadas 256 (100,00%)
Votos nulos: 2.275 (3,69%) Horário
da totalização: 18:10:59
Comparecimento: 61.589 (74,83%)
Total de votos: 61.589
Votos válidos: 57.457 (93,29%)
Seções com urna: 256
Fonte: assessoria de Comunicação TRE-ES