Friday, November 09, 2012

"Para quem sabe esperar, tudo vem a tempo"

A frase acima, atribuída a Clément Marot, serve muito bem para definir a situação de Orly Gomes (DEM). Candidato a vice-prefeito na chapa de Edson Magalhães (PPS), apesar do silêncio político, Orly sempre esteve no centro das discussões nos bastidores da política de Guarapari.

Em 2004, ele era o candidato a vice na chapa de Edson, foi indeferido, porque entre outras coisas, não havia se desincompatibilizado da sua empresa, por isso teve que ser substituído às pressas, por seu irmão Edvaldo Gomes (PDT). Desde então, ele aguarda a oportunidade de entrar na política como vice de Edson.

Orly Gomes
Mas nós últimos anos, parece que Edson estava com outra ideia, que atendia pelo nome de Gabriel Costa (DEM), marido de Jacinta Meriguete, atual secretaria de administração, Edson tinha extrema confiança nele e tentou colocá-lo como vice em 2012. 

Essa mudança, porém, causou um grande tumulto no grupo e deixou Orly muito chateado. Uma reunião foi convocada as pressas na capital, para abafar o principio de incêndio que estava se formando no grupo do prefeito.

Paciente, Orly nunca deixou transparecer ao público que não havia gostado desta situação. Apareceu até no programa de TV exaltando a administração e a pessoa de Edson.

Pois bem, esse período foi superado e mesmo com o indeferimento de Edson, eles foram para a eleição e conseguiram o maior número de votos. Agora, com a decisão negativa do TSE, e com Edson definitivamente fora do jogo, a pergunta que fica é:

Quem vai ser indicado no lugar de Edson? Pela lógica, seria Orly, mas nos bastidores além de Gabriel, ganha força o nome do vereador Anselmo Bigossi (PTB). Mas tudo isso é incerto. A cabeça de Edson é um verdadeiro quebra cabeça, quase que impossível de entender.  

Quem seria o indicado?
Basta ver que mesmo tendo a estratégia de poder mudar o nome do candidato dias antes da eleição, como fez o ex-prefeito de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta, que mudou e elegeu sua sobrinha, Edson insistiu com seu nome, mesmo sabendo que poderia ser barrado em Brasília.

Procurado insistentemente pela reportagem há vários meses, Orly sempre se negou a tecer qualquer comentário sobre essa situação.  Essa semana, procurado mais uma vez, para falar do assunto, finalmente falou mas limitou-se a dizer. “As coisas vão acontecer no momento certo, pode ter certeza. Tudo tem sua hora, quem fala antes do tempo costuma ter consequências e se deixar passar do tempo também", disse. 
Pelo jeito a frase acima realmente se encaixa no perfil de Orly Gomes, onde a política é a arte da paciência. 

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