Wednesday, October 31, 2012

ARTIGO: O fim de um delírio e a eleição nivelada

A decisão de ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coloca um fim na celeuma jurídica na qual nos envolvemos nos últimos meses. Apesar de a Constituição ser clara, no Parágrafo 5º, do artigo 14, indicando que o prefeito Edson Magalhães (PPS), estaria tentando um terceiro mandato, o próprio prefeito e seus correligionários, insistiam que existia uma jurisprudência (saída) para o caso dele. Só que o resultado de ontem, unânime (7 x 0), jogou um balde de água fria no delírio do prefeito. Agora a cidade se prepara para novas eleições e Edson Magalhães sai em desvantagem nessa disputa.




Edson perdeu o recurso no TSE
Sem nomes
Para enfrentar seus adversários, um Carlos Von (PSL) bem avaliado pela população e um Ricardo Conde (PSB), com apoio do governo do Estado, Edson luta para achar um substituto a altura. Lembrando que Edson é um excelente mestre de obras, mas um péssimo articulador político. Porque eu digo isso?

Troca
Antes de confirmar o seu nome como prefeito, Edson queria que o seu vice fosse Gabriel (DEM), deixando Orly Gomes (DEM) de lado. Essa “estratégia” do prefeito, quase causou uma guerra dentro da coligação. Uma reunião foi organizada as pressas em Vitória, com o deputado Theodorico Ferraço (DEM), para acalmar os ânimos. Após isso, Orly foi mantido como vice e a campanha foi para as ruas.

Faltam líderes
Mesmo assim, Edson não desistiu de tentar fazer de Gabriel, funcionário do Banestes (um técnico portanto), se transformar em político. Mas a aposta mostrou o que os bastidores políticos já sabiam. Gabriel não emplacaria. Basta ver a sua inexpressiva votação de apenas 376 votos. Como sempre foi um político personalista, nunca foi de grupo, de partido, Edson nunca fez uma liderança para substituí-lo.  O seu vice, Edival Gomes (PDT), entrou mudo e saiu calado. Os secretários não tinham autonomia para nada. Não mandavam nem em suas secretarias. Ou seja, nunca existiu um pensamento de preparar alguém para manter o controle político da cidade.

Cartada
Até mesmo uma última cartada, de substituir o nome do prefeito nos últimos momentos antes da eleição, estratégia que poderia ser bem sucedida e que deixava os adversários de cabelo em pé, não foi utilizada e ele foi para a eleição impugnado em duas instancias, jogando todas as suas fichas no TSE.

Anselmo?
O vereador Anselmo Bigossi (PTB), teria estado em Brasília junto com uma comitiva do prefeito, para acompanhar o julgamento. No meio político, a informação é de que Anselmo seria o nome a ser indicado por Edson. Um Outdoor muito suspeito está divulgando uma “dobradinha” política deles, com diálogo e tudo. 

Outdoor dá a entender a "união" dos dois

O ás de espadas
Outras fontes dizem que além de Anselmo, o prefeito teria outras cartas na manga. Mas quem entende do assunto, diz que a maioria dessas cartas não seria um “ás” (carta mais alta) e que seriam apenas cartas fracas.

Quem ele vai indicar?

Nivelado
O certo é que sem Edson na disputa, a eleição fica nivelada, sem nenhum favorito. Dois candidatos já deram o primeiro passo. Carlos Von (PSL) e Ricardo Conde (PSB),que literalmente “roeram o osso”, disputando contra um Edson sempre favorito. Os dois já começam a montar  suas estratégias. Só que agora eles podem enfrentar uma “enxurrada” de candidatos.

Novos nomes
Alguns candidatos começam a se colocar para disputar a eleição, são vários nomes que começam a movimentar seus cabos eleitorais pelas ruas e redes sociais.  Pelo menos dois, Afonso Rodrigues (PSDB) e Edinho Maioli (PV), estariam saindo da coligação de Conde (PSB) e aproveitando a oportunidade para se colocar como possíveis candidatos. Além deles, outros nomes têm sido ventilados. Agora é esperar para ver como será esta nova eleição.

O fim da era Edson?
Se não conseguir fazer um sucessor, o prefeito Edson pode estar com seus dias políticos contados. Ele tem quase 50 processos na justiça, já possui várias decisões que tiraram seus direitos políticos, além de multas milionárias. Já tem dor de cabeça para vários anos. O candidato dele perdendo essa eleição, põe fim definitivamente a era Edson Magalhães.  

Nova era
Muitos podem não lembrar, mas a história de Guarapari é recheada de prefeitos com problemas na justiça, renúncias, ataques, traições, entra e sai de prefeitos entre outros problemas. É chegada a hora de um basta!

Mudança
É chegada a hora de um prefeito ficha limpa, com novas ideias, com projetos modernos, olhando a cidade para os próximos 20, 30 anos. Pensando não somente em asfaltar ruas e construir prédios (infraestrutura), o que Edson fez e muito bem, mas é preciso fazer mais, muito mais.

É preciso  que se invista no cidadão, na melhoria da qualidade de vida, que olhe para Guarapari, com projetos sociais,  que valorizem as comunidades mais carentes,  que torne a cidade parte de um projeto da região sul e não uma cidade isolada politicamente e comandada a mão de ferro. Precisamos de um governo democrático, aberto, transparente e voltado ao diálogo. Que venham logo novas eleições e que possamos escolher o que é melhor para a nossa cidade.

5 comments:

Carlos Hitchcock said...

Ótimo artigo, Wilcler! Análise correta e precisa dos fatos. Muito exclarecedor. Parabéns! E que venha a nova eleição...

matheus da costa said...

muito esclarecedor o seu artigo mais uma vez parabéns meu amigo...

BLOG DO SANTORO said...

Como sempre querido colega, bastante esclarecedor e pontual. Mais uma vêz os respeietos deste seu colega. Jorge Santoro.

ari said...

Na verdade esta é a conclusão se a justiça tiver a seguinte interpretação: A CANDIDATURA DO EDSON NUNCA EXISTIU, POIS ELA NÃO FOI ACEITA DESDE O SEU INÍCIO AO SER REJEITADA PELA JUSTIÇA ELEITORAL LOCAL, PELO TRE-ES E DEPOIS PELO TSE. LOGO, SE ALGUÉM VOTOU EM UM CANDIDATO QUE NÃO EXISTIA DE FATO O SEU VOTO SIMPLESMENTE NÃO É CONSIDERADO E SÓ DEVERÃO SER CONSIDERADOS OS VOTOS QUE FORAM DADOS A QUEM DE FATO ERA CANDIDATO, OU SEJA RICARDO E CARLOS VON. Quem se elege é o mais votado dentre os CANDIDATOS REAIS.

Sombras de um Policial said...

Parabéns Camarada!! Sempre fazendo a diferença.
Abraços, Anderson T. V. Arpini