A
decisão de ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coloca um fim na celeuma
jurídica na qual nos envolvemos nos últimos meses. Apesar de a Constituição ser
clara, no Parágrafo 5º, do artigo 14,
indicando que o prefeito Edson Magalhães (PPS), estaria tentando um terceiro mandato, o próprio prefeito e
seus correligionários, insistiam que existia uma jurisprudência (saída) para o
caso dele. Só que o resultado de ontem, unânime (7 x 0), jogou um balde de água
fria no delírio do prefeito. Agora a cidade se prepara para novas eleições e Edson
Magalhães sai em desvantagem nessa disputa.
Edson perdeu o recurso no TSE |
Sem nomes
Para enfrentar seus adversários,
um Carlos Von (PSL) bem avaliado pela população e um Ricardo Conde (PSB), com
apoio do governo do Estado, Edson luta para achar um substituto a altura. Lembrando
que Edson é um excelente mestre de obras, mas um péssimo articulador político.
Porque eu digo isso?
Troca
Antes de confirmar o seu nome
como prefeito, Edson queria que o seu vice fosse Gabriel (DEM), deixando Orly
Gomes (DEM) de lado. Essa “estratégia” do prefeito, quase causou uma guerra
dentro da coligação. Uma reunião foi organizada as pressas em Vitória, com o
deputado Theodorico Ferraço (DEM), para acalmar os ânimos. Após isso, Orly foi
mantido como vice e a campanha foi para as ruas.
Faltam líderes
Mesmo assim, Edson não desistiu de
tentar fazer de Gabriel, funcionário do Banestes (um técnico portanto), se
transformar em político. Mas a aposta mostrou o que os bastidores políticos já
sabiam. Gabriel não emplacaria. Basta ver a sua inexpressiva votação de apenas
376 votos. Como sempre foi um político personalista, nunca foi de grupo, de
partido, Edson nunca fez uma liderança para substituí-lo. O seu vice, Edival Gomes (PDT), entrou mudo e
saiu calado. Os secretários não tinham autonomia para nada. Não mandavam nem em
suas secretarias. Ou seja, nunca existiu um pensamento de preparar alguém para
manter o controle político da cidade.
Cartada
Até mesmo uma última cartada, de
substituir o nome do prefeito nos últimos momentos antes da eleição, estratégia
que poderia ser bem sucedida e que deixava os adversários de cabelo em pé, não
foi utilizada e ele foi para a eleição impugnado em duas instancias,
jogando todas as suas fichas no TSE.
Anselmo?
O vereador Anselmo Bigossi (PTB),
teria estado em Brasília junto com uma comitiva do prefeito, para acompanhar o
julgamento. No meio político, a informação é de que Anselmo seria o nome a ser
indicado por Edson. Um Outdoor muito suspeito está divulgando uma “dobradinha”
política deles, com diálogo e tudo.
Outdoor dá a entender a "união" dos dois |
O ás de espadas
Outras fontes dizem que além de
Anselmo, o prefeito teria outras cartas na manga. Mas quem entende do assunto,
diz que a maioria dessas cartas não seria um “ás” (carta mais alta) e que
seriam apenas cartas fracas.
Quem ele vai indicar? |
Nivelado
O certo é que sem Edson na
disputa, a eleição fica nivelada, sem nenhum favorito. Dois candidatos já deram
o primeiro passo. Carlos Von (PSL) e Ricardo Conde (PSB),que literalmente “roeram
o osso”, disputando contra um Edson sempre favorito. Os dois já começam a
montar suas estratégias. Só que agora
eles podem enfrentar uma “enxurrada” de candidatos.
Novos nomes
Alguns candidatos começam a se
colocar para disputar a eleição, são vários nomes que começam a movimentar seus
cabos eleitorais pelas ruas e redes sociais. Pelo menos dois, Afonso Rodrigues (PSDB) e
Edinho Maioli (PV), estariam saindo da coligação de Conde (PSB) e aproveitando
a oportunidade para se colocar como possíveis candidatos. Além deles, outros
nomes têm sido ventilados. Agora é esperar para ver como será esta nova
eleição.
O fim da era Edson?
Se não conseguir fazer um
sucessor, o prefeito Edson pode estar com seus dias políticos contados. Ele tem
quase 50 processos na justiça, já possui várias decisões que tiraram seus direitos
políticos, além de multas milionárias. Já tem dor de cabeça para vários anos. O
candidato dele perdendo essa eleição, põe fim definitivamente a era Edson Magalhães.
Nova era
Muitos podem não lembrar, mas a
história de Guarapari é recheada de prefeitos com problemas na justiça, renúncias,
ataques, traições, entra e sai de prefeitos entre outros problemas. É chegada a
hora de um basta!
Mudança
É chegada a hora de um prefeito
ficha limpa, com novas ideias, com projetos modernos, olhando a cidade para os
próximos 20, 30 anos. Pensando não somente em asfaltar ruas e construir prédios
(infraestrutura), o que Edson fez e muito bem, mas é preciso fazer mais, muito mais.
É preciso que se invista no cidadão, na melhoria da
qualidade de vida, que olhe para Guarapari, com projetos sociais, que valorizem as comunidades mais carentes, que torne a cidade parte de um projeto da região
sul e não uma cidade isolada politicamente e comandada a mão de ferro.
Precisamos de um governo democrático, aberto, transparente e voltado ao diálogo.
Que venham logo novas eleições e que possamos escolher o que é melhor para a
nossa cidade.