Sunday, November 18, 2012

Artigo: Os coelhos na cartola

Com a derrota do prefeito Edson Magalhães (PPS) no TSE, o quadro político da cidade ficou aberto. Se na primeira eleição tínhamos, Edson, Ricardo conde (PPS) e Carlos Von (PSL), agora nessa segunda eleição, estamos assistindo a uma verdadeira enxurrada de pré-candidatos.  Será que é isso que a cidade precisa no momento? 

Será que depois de passarmos meses, discutindo se Edson estava ou não, disputando o terceiro mandato, vamos entrar agora neste “joguinho” de nomes de candidatos, tal qual figurinhas de álbum de futebol?

Temos como pré- candidatos, vereadores derrotados, vereadores eleitos, ex-vereadores, membros de sindicatos, entre outros. E continuam “aparecendo” outros nomes. Eles surgem nas esquinas da cidade, como coelhos na cartola.



Claro que a democracia, permite que todos tenham liberdade de disputar, de colocar seus nomes em uma nova eleição. Política é a arte de espaço, do momento e de oportunidades. Com Edson no páreo, realmente não existia espaço a não ser  uma possível derrota.  Ele sempre foi o favorito, isso é fato. Por isso foi coragem de Ricardo Conde (PSB), disputar contra ele e também foi coragem Carlos Von (PSL), se colocar no meio dessa disputa.  

Fenômeno
Agora, com Edson definitivamente fora da política, começou um novo fenômeno na disputa.  O Fenômeno dos coelhos na cartola. Uns utilizam as esquinas, outros as redes sociais, e alguns tenham emplacar usando a mídia. O que mais me preocupa, é que temos muitos pré-candidatos, muitos mesmo e eu não consigo encontrar, dentre esses candidatos, algo que explique a entrada deles no páreo. 



Discursos
Edson tinha o discurso de homem de obras, de realizador. Ricardo tinha o discurso de que nem só de obras vive uma cidade e Carlos tinha o discurso de que as obras são importantes e tem que continuar. Eram três discursos (projetos) que se encaixaram no momento. E possibilitaram que o povo pudesse escolher o que achavam melhor.

Então qual a contribuição que esses novos, candidatos vão trazer para a nossa cidade, se realmente disputarem a eleição? O que eles vão tirar da cartola para convencer o povo a votar?

Muitos destes nomes que estão sendo lançados (sem citar nomes), não tem história política, não tem bagagem profissional, entre outras coisas. Estão apenas fazendo o “teste” do nome, o famoso “se colar colou”. Certamente não vão gostar deste artigo. Que eles então, possam provar o contrário. 

Só espero que eles possam entender que o processo eleitoral deste ano já foi muito difícil e que para administrar uma cidade complexa como Guarapari, com mais de 110 mil pessoas, não é brincadeira, não é um show de mágica.

Friday, November 09, 2012

"Para quem sabe esperar, tudo vem a tempo"

A frase acima, atribuída a Clément Marot, serve muito bem para definir a situação de Orly Gomes (DEM). Candidato a vice-prefeito na chapa de Edson Magalhães (PPS), apesar do silêncio político, Orly sempre esteve no centro das discussões nos bastidores da política de Guarapari.

Em 2004, ele era o candidato a vice na chapa de Edson, foi indeferido, porque entre outras coisas, não havia se desincompatibilizado da sua empresa, por isso teve que ser substituído às pressas, por seu irmão Edvaldo Gomes (PDT). Desde então, ele aguarda a oportunidade de entrar na política como vice de Edson.

Orly Gomes
Mas nós últimos anos, parece que Edson estava com outra ideia, que atendia pelo nome de Gabriel Costa (DEM), marido de Jacinta Meriguete, atual secretaria de administração, Edson tinha extrema confiança nele e tentou colocá-lo como vice em 2012. 

Essa mudança, porém, causou um grande tumulto no grupo e deixou Orly muito chateado. Uma reunião foi convocada as pressas na capital, para abafar o principio de incêndio que estava se formando no grupo do prefeito.

Paciente, Orly nunca deixou transparecer ao público que não havia gostado desta situação. Apareceu até no programa de TV exaltando a administração e a pessoa de Edson.

Pois bem, esse período foi superado e mesmo com o indeferimento de Edson, eles foram para a eleição e conseguiram o maior número de votos. Agora, com a decisão negativa do TSE, e com Edson definitivamente fora do jogo, a pergunta que fica é:

Quem vai ser indicado no lugar de Edson? Pela lógica, seria Orly, mas nos bastidores além de Gabriel, ganha força o nome do vereador Anselmo Bigossi (PTB). Mas tudo isso é incerto. A cabeça de Edson é um verdadeiro quebra cabeça, quase que impossível de entender.  

Quem seria o indicado?
Basta ver que mesmo tendo a estratégia de poder mudar o nome do candidato dias antes da eleição, como fez o ex-prefeito de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta, que mudou e elegeu sua sobrinha, Edson insistiu com seu nome, mesmo sabendo que poderia ser barrado em Brasília.

Procurado insistentemente pela reportagem há vários meses, Orly sempre se negou a tecer qualquer comentário sobre essa situação.  Essa semana, procurado mais uma vez, para falar do assunto, finalmente falou mas limitou-se a dizer. “As coisas vão acontecer no momento certo, pode ter certeza. Tudo tem sua hora, quem fala antes do tempo costuma ter consequências e se deixar passar do tempo também", disse. 
Pelo jeito a frase acima realmente se encaixa no perfil de Orly Gomes, onde a política é a arte da paciência. 

Monday, November 05, 2012

Juiz afirma: “É nova eleição. Novas coligações podem ser formadas”

Após a derrota do prefeito Edson Magalhães (PPS) no TSE, ocorreu o lançamento de várias pré-candidaturas na cidade. O que levantou um outro questionamento no meio político. As coligações poderiam ser desfeitas ou não?

Os partidos que estavam da base de Ricardo Conde - PRB / PT / PMDB / PTN / PSC / PR / PSDC / PRTB / PSB / PV / PC do B / PT do B / PSDB / PSD e de Edson Magalhães -PP / PDT / PTB / PPS / DEM / PHS / PMN / PRP - poderiam sair da coligação e lançar candidatos próprios e independentes? 

Juiz Marcelo Abelha
A resposta quem dá é o juiz eleitoral Marcelo Abelha, que foi consultado, onde o que seria feito, caso uma situação dessas ocorresse. “A Jurisprudência do TSE sempre foi no sentido de que as eleições suplementares são completamente independentes da anterior, para todos os efeitos”, explica ele, citando parte do em recurso especial (AgR-REspe n° 3919571, 4.5.2010) que diz. "A RENOVAÇÃO DA ELEIÇÃO REABRE TODO O PROCESSO ELEITORAL E CONSTITUI NOVO PLEITO, DE NÍTIDO CARÁTER AUTÔNOMO"

De acordo com o juiz, a mudança é ainda mais profunda. “Tanto que as situações dos novos candidatos serão avaliadas com base na data do novo pedido de registro. Ou seja, quem era inelegível no registro da eleição anulada e agora é elegível poderá participar. Da mesma forma, quem era elegível e agora é inelegível nesta não poderá participar”, diz e completa.  “É nova eleição. Novas coligações podem ser formadas”.

Ainda de acordo com ele, nesta nova eleição, tudo pode ser feito mais rapidamente. “Inclusive o prazo para a escolha dos novos candidatos e formação das coligações a ser determinado pelo TRE pode ser menor que o estabelecido na Lei eleitoral”, explica citando outro entendimento eleitoral. (MS - Mandado de Segurança nº 362842 - Campo Florido/MG, Acórdão de 30/11/2010)  - ELEiÇÕES SUPLEMENTARES ESCOLHA DE CANDIDATOS. Viável é o encurtamento do prazo para a escolha de candidatos e formação de coligações.

Thursday, November 01, 2012

PRP vai ter candidato em Guarapari

Depois do resultado negativo no TSE, a união em torno do nome do prefeito Edson Magalhães (PPS), começa a se desfazer. Em uma reunião com a executiva estadual realizada na tarde desta quarta feira (31), em Vitória, o Partido Republicano Progressista (PRP), decidiu que vai lançar candidato próprio a prefeito de Guarapari. O nome escolhido foi do vereador eleito, Ronaldo Gomes, mais conhecido como Ronaldo Tainha (PRP).


Ronaldo Gomes (PRP)

De acordo com o presidente do PRP de Guarapari, vereador, José Raimundo Dantas, as coisas mudaram após o insucesso do prefeito Edson no TSE. “Nós tínhamos um compromisso de apoiar o prefeito Edson nas eleições. E foi o que fizemos. Demos todo o apoio. Mas, como ele não conseguiu ser liberado no TSE e vamos ter novas eleições, nosso partido achou melhor caminhar com candidato próprio”, explicou ele.

Em entrevista o jornal A Tribuna, Ronaldo Gomes (PRP), vereador eleito com 1.441 votos, disse que essa eleição será um desafio. “Encaro essa candidatura como um desafio, vou fazer valer a votação expressiva que eu tive e o meu tempo como servidor público ”, disse.